CHILE SE NEGA A RESPONDER ACUSAÇÕES DE HUMALA

SANTIAGO DO CHILE, 13 ABR (ANSA) - O governo do Chile descartou hoje responder as declarações feitas pelo candidato à presidência do Peru Ollanta Humala que disse que Santiago deveria se desculpar pela Guerra do Pacífico em 1879, pela venda de armas ao Equador nos anos 1990 e por espionagem.
  
Segundo o ministro do Interior chileno, Rodrigo Hinzpeter, não faz parte da tradição de seu país comentar "declarações feitas no calor de uma campanha de segundo turno". Ele acrescentou que "nosso país vai se entender, da mesma forma que tem feito ao longo dos anos, com quem o povo do Peru" escolher para presidente.
  
A porta-voz da sede da Presidência chilena, o Palácio La Moneda, Ena Von Baer, expressou uma opinião parecida. Para ela, o Chile "terá boas relações" com o Peru independentemente de quem for eleito.
  
Baer disse que, para seu governo, as declarações em questão estão relacionadas a "um processo eleitoral, e acreditamos que as relações internacionais são de Estado, e, portanto, vamos nos abster de emitir qualquer opinião".
  
A segunda colocada no pleito, com quem Humala concorrerá no segundo turno, Keiko Fujimori, aderiu a seu pedido de desculpas por parte do país vizinho.
  
A relação entre Chile e Peru é marcada pela disputa de um território marítimo. Lima reivindica uma alteração nos limites entre os países e chegou a levar o caso à Corte Internacional de Justiça de Haia. (ANSA)